quarta-feira, 29 de julho de 2009

Após CNED e o meu RVCC - experiência de vida continua

Diz a suposta lei que enquadra as NO, que o trabalhador que se propõem ao ensino em alternancia, deve a entidade após a conclusão do mesmo, enquadrar o tal funcionário na carreira acima ou equivalente à sua condição académica. O RVCC-CNO, foi criado com uma das finalidades do enquadramento a nível profissional de pessoal com menor qualificação no desempenho de funções superiores as que este foi inicialmente contratado, obtendo desta forma o necessário para a regularização do escalão monetário e categoria.
Bem, mas todos nós sabemos que não é assim, e o que me custa é ver as entidades "exigirem" aos funcionários o 12º ano, e depois não darem a resposta da situação laboral, encaminhando as pessoas para perguntas aos quais, o IEFP e ACT não sabem dar resposta.
Neste momento a entidade onde me encontra a trabalhar, está a passar por uma reestrutura interna. Resumindo, existia dois edifícios centrais dentro da rede IEFP, passamos agora a ser só 1. Poderão ver o tipo de "confusão caótica" que estamos a passar. Pessoas, mobiliário e espaços estão a ser ocupados e desmantelados e repovoados, em espaços mínimos com condições...bem calculem.
O positivo disto será de facto um local central, de facto não existia a lógica de 2 postos centrais. Aos utentes que nos procuram, pedimos um pouco mais de paciência, sabemos que não é fácil a nossa localização, o que se avizinha de facto vai vos dificultar a vida, e o nosso desempenho profissional, mas tentaremos ser breve.
Neste momento, e para quem não tinha grande conhecimento na área da Construção Civil e Recursos Humanos, já aprendi algo mais, como juntar 4 pessoas num espaço de duas.
A nível pessoal, estou inscrita na 2ª fase de chamada para os exames nacionais de admissão ao ensino superior...o senão é que necessito de facto do Certificado de Habilitações e ainda não me foi enviado e nem o ME tinha o processo concluído para me passar a nível presencial. Aguardemos.
Actualmente, a nível familiar, estou a motivar o meu sobrinho a concluir o 12º ano, já se inscreveu no CNED, e parece mais motivado do que das outras vezes que pagou do seu bolso cerca de 250€ mensais de propinas no ensino particular. Espero que em Setembro ele seja chamado para a 1ª entrevista/reunião e que consiga concluir esta fase da vida dele.
Filipe, sabes que podes contar comigo e vou estar aqui para te ajudar e encaminhar no que for necessário.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

JÚRI

Hoje, dia 14 de Maio do ano de 2009, estive presente a júri nas instalações do CNED.

O meu grupo foi composto por 6 candidatos a nível secundário e 1 candidato a nível básico.

Durante a sessão, e para não fugir à regra, eu e o colega João Santos estivemos sempre a falar e comentar as apresentações dos outros candidatos.

A nível pessoal, foi de facto mais uma experiência para juntar à minha vida. O grupo era tão composto que, quando reparei, era a única mulher e civil no grupo.

Gostei de facto de ouvir as experiências dos colegas, funcionários da marinha, sobre as suas comissões no estrangeiro, actividade em território português. Tendo sido variado os temas, desde os meios de comunicação, sistemas de recuperação e salvamento de embarcações e tripulantes.

Sobre o meu tema, que nada tinha haver com os restantes, foi bem aceite e existiu interesse por parte dos colegas, professores, convidados e júri.

Após a conclusão dos temas por parte dos candidatos fomos avaliados por parte dos presentes, onde podemos destacar as palavras do representante do Ministério da Educação:

"Sempre que venho a uma sessão de júri no CNED sinto que aprendo algo novo. Hoje é um desses dias, e após os temas aqui expostos e demonstrados, adquiri um "mestrado" ou "pós-graduação" nas áreas de salvamento, experiência em situações de guerra e a nível histórico da formação profissional. A todos desejo que continuem o vosso trabalho e se candidatem á próxima fase. Todos, sem excepção, poderão continuar a via académica, reúnem o que de bom podem apresentar e estão "frescos" com memoria presente das áreas desenvolvidas. Parabéns"

Outro comentário, do Senhor Comandante, e já na biblioteca:

"Reforço o que vos disse na sala, parabéns e sigam em frentes. Todos vocês são jovens com conhecimentos variados e enriquecedores. O ser critico e irreverente, irá vos ajudar no vosso futuro. Sem critica, posição e atitude não se consegue avançar e lutar pelos os nossos direitos e convicções. Novamente senhores e senhora, parabéns pelo vosso trabalho"

Agradeço às formadoras presentes os seus comentários, sendo que fiquei conhecida pela pessoa da Critica e da Irreverência, mas que sempre demonstrei as qualidades de pessoa justa e que melhorava, apesar da minha "refilice", os trabalhos propostos e correcções solicitadas.


Deixo aqui uma nota para a formadora Isabel:

Sempre que algo ou alguém nos tenta demover ou desmotivar no nosso trabalho, não nos iremos ou não poderemos esquecer, que são esses que mais tarde ou mais cedo caem em "desgraça". A vida tem de ser feita de coisas simples, nós por vezes temos tendência a complicar. Por vezes temos de dar o tal "murro" na mesa e gritar "BASTA!", perder a postura, por vezes é o melhor que qualquer sere humano pode fazer. Penso que entende estas palavras e sabe ao que me refiro.


Finalizando mais este acto na minha vida, o que de facto foi o meu objectivo, aqui vai abreviado:

"Para os devidos efeitos, declara-se que Laura........., portadora do Bilhete de Identidade n.º......., emitido pelo Arquivo de Identificação Lisboa, em ...., realizou o processo RVCC, no CNED, obtendo com sucesso a certificação do Nível Secundário.

Esta declaração é válida, até à emissão do Certificado.

Por ser verdade, e por nos ter sido pedido, passa-se a presente declaração que vai assinada e autenticada com o selo branco do Centro Naval do Ensino a Distância."

Aos próximos candidatos, aqui ficam algumas palavras que terão de vos acompanhar no decorrer do processo:

atitude

força de vontade

persistencia

audácia

coragem

critica

afirmação e assertividade

companheirismo

respeito mutuo

e acima de tudo paciência neste período que poderá ser de 6 meses a 3 anos, dependendo da força de vontade e disponibilidade cada um de vós

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Comunicação e documentação

Guia de Acesso ao Secundário é publicado este ano pela primeira vez. Nele se reúne, de forma organizada, a informação sobre toda a oferta educativa e formativa no ensino secundário, tanto para jovens como para adultos. Trata-se de um instrumento fundamental de apoio à orientação escolar e profissional, possibilitando escolhas mais diversificadas, mais informadas e mais adequadas.
O Guia tem dois tipos de destinatários principais: por um lado, os jovens que estão a construir o seu percurso educativo e formativo; por outro, os adultos que procuram elevar os seus níveis de escolaridade e de qualificação profissional. É ainda útil para quem se vê confrontado com a necessidade de dar uma resposta informada a pedidos de orientação vocacional, e em particular a pais, professores e técnicos.
É assim disponibilizado um instrumento que facilitará a concretização de uma das principais medidas da iniciativa governamental Novas Oportunidades: generalizar o secundário, transformando-o em patamar mínimo de qualificação dos portugueses. Essa generalização passa por duplicar a oferta em cursos técnicos e profissionais, multiplicando as alternativas de formação e ensino no secundário para além da preparação para o acesso à universidade. Passa também por disponibilizar ofertas flexíveis de educação e formação, adaptadas aos percursos de vida de cada um, para que mais adultos tenham a possibilidade de completar e alargar os seus níveis de qualificação. Mais variantes, mais oportunidades, implicam mais escolhas, para o que se torna necessário dispor de informação pormenorizada. Estamos certos de que este Guia responderá a essa necessidade.
O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social A Ministra da Educação
José Vieira da Silva Maria de Lurdes Rodrigues

sexta-feira, 8 de maio de 2009

“A Formação Profissional em Portugal: Trabalho proposto a Júri”

Tendo frequentado os seguintes tipos de ensino: oficial (1º ao 2º ano do ciclo preparatório), ensino comercial e industrial (7º ao 11º), formação profissional – aprendizagem (repetição 7º ao 9º ano), admissão hadoc à faculdade, formação modelar, formação de formadores e actualmente RVCC. Achei que deveria apresentar uma síntese sobre a formação comercial/industrial, e o contributo da mesma para a actual formação profissional.
Após leitura e pesquisa, fiquei muito mais esclarecida do aparecimento/implementação da mesma em Portugal, descobrindo um leque de informações, que achava eu estar informada sobre as mesmas.

Julgava eu, e até por maioria dos documentos sobre a formação estarem em língua Francesa, que esta actividade tinha surgido em França. Fiquei mais informada, pois a formação profissional foi a fusão do ensino Industrial Francês com o ensino Comercial Inglês.

Actualmente, e também por causa da evolução tecnológica, o nosso ensino designado por “formação profissional”, encaixa no sistema de 1840 com o ensino Inglês.
O motivo da documentação estar em francês, devesse ao facto que, os melhores formadores estavam situados em França e Suíça, sendo esta a língua escrita e falada por ambos os países na época em questão.

Os módulos da OIT, foram traduzidos em língua portuguesa por meados dos anos 80, por um grupo contratado pelo IEFP, exclusivamente com essa finalidade.

Os módulos OIT, são os livros de apoio às instituições e particulares, que optam por esta área, na concepção e concretização das acções, plano de actividades, plano curricular e avaliação da formação.














































terça-feira, 28 de abril de 2009

Percurso Pessoal, Familiar e Profissional

Nascida em 1972, cresci na cidade de Lisboa, no Bairro Alto, mantendo até à presente data residência. O prédio onde resido é considerado a nível cultural de importância arquitectónica. Construída após o terramoto de 1755, foi Marquês de Pombal que mandou efectuar a sua construção, Palácio D. Luís, em honra do mesmo, rei de França, para que este tivesse onde se instalar nas suas expedições por Portugal. O material de construção do prédio é do mais básico e o mais moderno para a altura em questão, areia, pedra, argamassa, ferro e madeira, fazem deste um edifício com: um piso térreo, um piso de sobre loja, três andares e umas águas furtadas, ao qual qualquer um dos andares dá passagem para os outros. O salão principal situado no 1º andar, era revestido de azulejos, assim como as escadas de passagem para os andares superiores. As cavalariças situavam-se na ala oeste do prédio, as cozinhas na parte sul e as estrebarias na zona este, a entrada era feita pela parte norte, na qual se podia ver o Rio Tejo e Margem Sul da Cidade. A cozinha tinha ligação directa às águas furtadas onde dormiam as camareiras e cozinheiras. A fachada principal era e é contemplada com o Sol durante todo o dia, aproveitando a luz natural para quem estava nessa ala do prédio, e aquecimento da estrutura. Paralelo ao edifício estava situada a Igreja de São Roque e o cemitério, este último também mandado construir por Marquês de Pombal, para alojar e enterrar aqueles que morreram de lepra após Terramoto.




Com o passar dos anos e séculos, o edifício passou de proprietário a proprietário, sendo actualmente propriedade da Companhia de Seguros Tranquilidade. O prédio é conhecido por Solar do Vinho do Porto em Lisboa, arrendado a vários inquilinos particulares, como também a instituições estatais (ICAN). As passagens do edifício desde 1934, foram tapas ou reaproveitadas para habitação. No caso da minha casa, têm 4 passagens para outros pisos, ou seja vivo na área das cozinhas do palácio, as passagens são para o pátio do Solar do Vinho do Porto, último piso, restaurante Tacão Pequeno e armazéns da Casa Ferreira, estando todas elas tapadas mas com acesso caso exista a necessidade de as utilizar, e por motivo histórico. Os restaurantes e bares ao redor do prédio mantêm o tecto original, arco, os pilares de sustento continuam a ter os azulejos da altura, já alguns com "remendos" devido ao desgaste natural ou a obras do edifício. A nível de obras interiores nenhum morador poderá fazê-las sem que um técnico da companhia veja os alicerces e onde queremos efectuar. Os motivos são vários, desde de manter a traça original ou às paredes-mestras do mesmo. Como é de propriedade particular, o Estado não têm qualquer intervenção, nem na reconstrução ou obras, nem na gestão e divulgação do mesmo.

Apesar destas autorizações, existe a necessidade de efectuar pequenas remodelações no interior, aí geralmente sou eu que as efectuo. Como já mencionei as paredes são de areia, neste caso a escolha da tinta recaí sobre a Tinta de Água. E porquê? Fácil. A Tinta Plástica é de longa duração e a secagem nestas paredes é superior a 12 horas, também e após aplicação da mesma o efeito pretendido não será o melhor, fincando espaços por absorver e outros com outro tipo de tonalidade.
Deste modo temos de utilizar a Tinta de Água, fácil de aplicar, no qual se pode juntar um anti humidade, prevenindo bolores e fungos ou para outra finalidade pretendida, torna a lavagem das paredes mais fácil. Com crianças há sempre dedadas pelas paredes fora. Se bem aplicada a duração da mesma é igual a de uma tinta plástica, a variedade de cor, e o poder desdobrar a mesma diluindo com água.
Após pesquisa na internet, descobri um site onde explicam o processo da fabricação da tinta e a composição das cores.

O rolo que utilizo para pintar as minhas paredes é constituído por lá de carneiro natural, tramada sobre tecido. Este rolo é um pouco mais dispendioso, mas é o ideal para as paredes antigas, absorventes ou rugosas e para tintas de água.
Tenho ainda o cuidado de antes e depois de pintar, passar o rolo bem por água. O uso de rolo garante mais rendimento do que se pintar a pincel.

Na Rua Diário de Noticias, onde nasci, cresci, vivi todas as emoções de criança, actualmente tenho alguma magoa quando vejo as paredes dos prédios com os "vulgo" grafites e os prédios a ficarem devolutos, porque os moradores já não encontram coragem para continuar a viver num bairro que durante a noite se torna num gueto, cheio de tráfico de droga, prostituição adolescente e roubos às residências de quem lá habita.
Em relação aos grafites, a Câmara e Juntas de freguesias que envolvem esta zona e a associação de comerciantes, chegaram a um consenso de limparem as fachadas dos mesmos e disponibilizarem na Calçada da Glória (Elevador da Glória), paneis para esse fim, e desde que os grafites sejam considerados arte urbana.
Nesta artéria do Bairro, nasceram os jornais: Diário de Noticias, Bola, Jornal Noticias.



Tive uma infância e adolescência normal, fui uma criança feliz mas um pouco envergonhada, uma adolescente cheia de experiências, tanto a nível pessoal como a nível familiar, tendo sido uma rebelde, uma dred, uma surf...tal qual a minha geração.



Escola Primária nº 12


Escola Comercial e Industrial Veiga Beirão


Sempre gostei muito de música, sons dos anos 60/70 talvez por influência dos meus irmãos, ler bons livros, no qual por incrível que pareça aprecio muito os Lusíadas de Luís Vaz Camões, gosto da área de saúde, por influência do meu pai que foi bombeiro voluntário durante 50 anos.



Bombeiros Voluntários de Lisboa

Sou sociável, por vezes bastante, o meu grupo de amizades está distribuído por vários contextos:

  • trabalho, bombeiros, de crescimento e de residência.
De todos eles tiro conhecimentos, todos eles têm histórias de vida que me transmitem algum "calo" para vida actual e futura.
A nível de trabalho as suas experiências são não só profissionais mas também pessoais, desde familiares com doenças terminais a nascimentos, como as anos de serviço, a que a sua vivência muito a mim me tem ajudado a desempenhar as minhas funções. Como o caso da minha colega/amiga Arlinda, que está naquele serviço, área das publicações e recursos didácticos, há já mais de 17 anos, e ninguem melhor que ela sabe o tipo de serviço que o sector da Mediateca de Formação Profissional tem a dar aos utentes externos e internos, só ela consegue de facto nos dar algum tipo de "formação" para que o meu desempenho seja mais eficiente e constante, mesmo quando surge alguém com mais alguma questão ou impertinência, dou comigo a reflectir na atitude que ela teria naquele momento e como ela teria a resposta.

A nível dos bombeiros, a minha amizade pode-se dizer que é do tempo em que eu estava na "barriga da minha mãe", são homens e mulheres que me viram crescer que me souberam dar um conhecimento diversificado, pois todos eles têm as sua profissões paralelamente ao voluntariado. São Dr.s e Eng.ºs, pedreiros e electricistas, todos eles com uma vida regada de novidades, também eles me ensinaram junto com o meu pai a prestar os primeiros socorros, que hoje em dia muita falta me fazem quando a minha filha se "lembra de aleijar" ou passa mal com alguma "maleita", que acho que uma ida ao hospital só iria piorar a situação. Ensinaram-me a ter calma, a pensar friamente, a reflectir antes de entrar em pânico, coisa de mãe pela primeira vez.

Sobre os cuidados básicos de saúde, aprendi como limpar uma ferida, pois não se desinfecta, limpa-se. Normalmente as pessoas utilizam água oxigenada e algodão, o que é um erro, o algodão deixa fibras nas feridas, o que por vezes aumenta a infecção, e está provado que a água oxigenada queima a pele, e a infecção mantém-se. Neste caso deve se utilizar gaze esterilizada e soro fisiológico. Também ao limpar-se os olhos, devemos usar gaze e água morna ou soro, de fora para dentro, nunca de dentro para fora. A lógica é evitar que se arranhe a zona ocular, entrar pestanas e quando existe infecções não alastrar para o globo ocular.
Todos estes cuidados básicos deveriam ser ensinados a crianças e adultos, através das escolas e instituições, mas não é o que acontece regularmente. Para se ter conhecimento nesta área, só alguns estão privilegiados, caso dos bombeiros e técnicos de emergência médica, raramente se encontra um socorrista com carteira, pois os cursos são restritos e caros. Claro que também temos o impacto cultural e religiosa, nem sempre são aceites práticas de socorro básico e directo em certas culturas.
Por exemplo na Indonésia, é fluente o espectáculo com cobras venenosas. Acreditam os mais velhos que a mordedura da mesma protege quem a trata contra os "deuses" da escuridão, mas esquecem que basta um pouco de veneno para que a pessoa fique em coma ou morra. Nestas situações a intervenção rápida de quem está ao pé é fundamental, o "chupar" o sangue da zona da mordedura e fazer um torniquete para que o veneno não alastre. É importante e pode salvar a vida dessa pessoa até que seja administrada o anti-veneno.
A nível de religião, as coisas são um pouco mais complicadas, como por exemplo nas Testemunhas de Jeová, as transfusões de sangue e até a simples administração de uma vacina anti-viral, estes acreditam que o organismo pode combater e regenerar todas as doenças ou a falta de órgão protector. Neste caso deveria existir uma lei que os médicos pudessem administrar a crianças, os tratamentos sem autorização dos pais, mas como a ciência evolui, já encontramos muitas destas pessoas a optarem pela transfusões de plasma, um derivado do sangue.

É muito importante a divulgação do conceito de higiene, o que já começa a ser aplicado nas escolas, é um bom começo para as diferentes classes sociais comecem a aplicar no seu dia a dia os mesmos, é claro que uma criança entre os 8 e os 12 anos de idade têm mais facilidade de aprendizagem e de transmitir em sua casa os conhecimentos das aulas, pois tentam sempre demonstrar como é feito e quando deve ser feito.

Em minha casa, praticam-se cuidados básicos de higiene gerais, comum a quase todos. Com a minha filha e porque está mais sujeita a apanhar piolhos/lêndeas (parasitas) além do banho diário, pois transpira muito, ainda passamos o pente de remoção destes bicharocos, aplicamos um creme hidratante neutro (a pele com os banhos têm tendência a ficar seca). Lavamos os dentes 2 vezes ao dia (ao deitar e após o pequeno almoço).
Quanto à roupa tento que não seja de lycra ou fibras com mistura, procuro sempre o algodão ou sarja. Ainda faz a limpeza nasal, porque tem sinusite e para evitar o uso de medicamentos, tem de fazer o soro ou água do mar 3 vezes ao dia: de manhã, de tarde e ao deitar.
Como o seu corpo está em crescimento ensino-lhe pequenos truques que no meu tempo nem se pensava na idade de 8 anos:
na escola onde estuda há falta de higiene nas casas de banho e falta de papel higiénico, forneço-lhe um rolo de papel higiénico para utilidade dela na escola. Também utiliza um penso diário, evitando que fique com pequenas gotas de urina na roupa interior que podem gerar infecções. Claro que ela sabe que deve mudar o mesmo ao fim de um certo tempo.
A alimentação, como irei referir mais à frente é algo que falamos constantemente e ela sabe as restrições. Nesse ponto e como a minha mãe também têm restrições alimentares, nem se nota muito essa questão. A comida é no geral aplicada às três: legumes, saladas, grelhados e cozidos são os alimentos e formas dos confeccionar no meu lar. Claro que uma vez por mês comemos as "loucuras": uma piza ou então um hambúrger do Mac.
Caso esteja doente, é ela que já conversa com o médico e conta os sintomas. Ouve atentamente o tratamento que deverá fazer. Neste ponto nunca me preocupo, pois ela segue à risca as indicações deste. A minha função aqui é levá-la ao médico e aviar a receita. Já tem uma grade responsabilidade.

Da minha infância guardo amizades desde a primeira classe, amigos lá do bairro com quem ainda hoje mantenho a nossa cumplicidade e estamos presentes no bons e maus momentos. Deles guardo as experiências da minha adolescência. O álcool, drogas e sexo, foi tudo partilhado por nós, sabemos como, quem e onde foi para todos estes momentos. Dessas experiências trago as vivências que espero poder utilizar futuramente na adolescência da minha filha, podendo-a encaminhar no melhor sentido, dando como o meu ponto de partida o meu contributo no seu desenvolvimento.
Onde moro tenho pessoas da minha idade com quem bebo café, fumamos um cigarro e falamos das nossas vida diária, dos nossos problemas com os filhos e pais. Pois eu já estou na fase em que tenho uma filha, mãe e pai para tratar e cuidar.

Pessoalmente, tenho mais chegados e próximos no meu núcleo de amizade, a minha filha de 8 anos, que muito me ensina e transmite, pois com as crianças aprendemos muito a cada dia que passa "nova matéria". Tenho também um "amigo colorido", somos da mesma idade e socialmente somos diferentes. Ele calmo e ponderado, eu acelerada e desbocada, ele é engenheiro de aviação civil e eu auxiliar administrativa de um serviço publico. Com ele aprendo a tal serenidade que não tenho e é com ele que gosto de falar de questões profissionais, pois como está de fora é o meu ponto de reflexão.
Geralmente todos nós temos alguém que é considerado o ponto de tranquilidade e equilíbrio mental, pois bem, para mim é este senhor.

Comecei a trabalhar aos 15 anos. Neste meu período de tentativa de independência, queria ganhar dinheiro para o que me desse na real gana sem ter de pedir aos meus pais.
Hoje lamento este meu "grito do Ipiranga", deveria ter dado ouvidos aos meus progenitores, pois esse meu período durou cerca de 5 anos, todos os trabalhos que arranjava eram de tempo parcial sem grandes futuros a nível profissional, o que por sua ordem também afecta a vida pessoal.
O dito grito, veio alterar o meu quotidiano na sua totalidade, quando estava habituada a acordar às 8 a.m., para entrar às 8.20a.m. na escola, passei a acordar às 7.30 a.m., para entrar às 9 a.m. no escritório, deixei de poder estar com os meus "amigos" de liceu, onde de certo perdi se calhar as "novidades" da época. A nível da alimentação, enquanto tinha 2 horas de almoço e ia almoçar a casa, passei a ter 1 hora e a comer nos cafés da zona. Alterou também, e em parte, o ambiente em casa, pois apesar de os meus pais compreenderem a minha decisão, não era bem o que eles queriam, era necessário que eu continuasse os estudos, e com 15 anos o ensino nocturno estava fora de questão, nessa época só para maiores de 17 anos. Não aprendi muito deste experiência, ou seja até aprendi, mas pelo lado mais negativo, os estudos faziam e fazem falta, neste país quem não têm um curso não têm nada, mesmo assim...
Aos 20 anos fui tirar um curso de Empregado Administrativo, com a duração de 3 anos, e foi aí que de facto vi o quanto tinha andado para trás. Ou seja tive de repetir o 7º, 8º e 9º ano de escolaridade, marquei passo como costumo dizer. Conclui o curso que, diga-se de passagem, nada me adiantou, pois sempre que respondia a anúncios e viam o local de aprendizagem, ficava automaticamente posta de parte. Acabei por ir trabalhar numa editora de livros escolares, Longman and Penguin. Este foi através da história do amigo do amigo, onde a obrigatoriedade era falar inglês, onde poderia fazer o horário inglês (8/16) e por sua vez, voltei ao ensino oficial nocturno, onde frequentei o 10º ano deixando 3 disciplinas por fazer e onde fiz a frequência do 11º ano sem conclusão.

Deixei os estudos por motivos profissionais. Nem sempre a lei é respeitada, e no meu caso, já com 24 anos, não poderia entrar numa do deixa andar, pois agora só o meu pai trabalhava, uma vez que a minha mãe no espaço de 1 ano teve 2 AVC`s, e os meus irmãos, com as suas vidas organizadas, não poderiam estar a ajudar, portanto tive de fazer uma escolha:
ou trabalhar e deixar os estudos, ou estudar e ficar no desemprego, escolhi a primeira.
Com o agravamento do estado de saúde da minha mãe, tive de aprender a reconhecer os sintomas e como a auxiliar em caso de necessidade. Um AVC, pode ser detectado de várias maneiras, desde o doente sentir uma dor em simultâneo no braço do lado direito e peito, até ao simples tremor no queixo, varia de pessoa para pessoa, mas claro que uma vida sedentária "ajuda" ao acréscimo do risco, o peso em excesso, a falta de exercício e auto medicação. Em Portugal, este ultimo é um dos maiores contributos para estas patologias.
Também os grupos mais desfavorecidos são os que mais expostos estão a esta doenças, bem como a outras que envolvam o sistema neurológico/nervo.. Basta olhar para os jornais ou ouvir as noticias para que se aperceba, que quem não têm dinheiro no nosso país (noutros também) morre da doença e/ou tempo de espera. A minha mãe, esteve em lista de espera para ser operada ao coração mais de anos, os seus AVC`s eram por causa de uma obstrução nas artérias do coração. O sangue não era bombeado devidamente para o cérebro o qual ficava sem irrigação durante um curto espaço de tempo.
Actualmente, e como eu costumo dizer, a senhora é de garra, pois se nessa altura teve 2 AVC`s, durante os 15 anos de espera teve mais 3.
Os AVC`s (Acidentes Vasculares Cerebrais) ou Trombose, são alterações que podem ocorrer em qualquer ponto vascular.
Estes podem ser hemorrágicos - rompimento de vaso, com saída de sangue e a perda de irrigação para o tecido provocando a necrose (morte) do mesmo, ainda pode acontecer a compressão sobre o cérebro onde poderá ocorrer danos irreversíveis.. No caso do Trombicos, é uma obstrução de um vaso ou trombo que não permite a circulação do sangue, resulta também a necrose do tecido.

As pessoas que mais estão expostas a este tipo de doença/sintoma são:
  • obesos ou pessoas com excesso de peso
  • problemas de hipertensão (tensão arterial alta)
  • colestrol acima dos valores normais
Quanto às formas de manifestação, os sinais mais frequentes são:
perda de sensibilidade em metade do corpo (braço, perna ou cabeça)
  • dormência
  • dificuldade em falar
  • boca ligeiramente desnivelada
  • perda de urina
  • perda de consciência
Uma das formas de prevenção a esta doença/sintoma, começa por uma alimentação mais saudavel e a substituição de certos alimentos por outros. Assim deve-se ingerir:
  • carnes brancas ou magras (evitando carne de porco)
  • vegetais e frutas
  • peixe gordos (salmão/sardinhas/pescada/cherne)
  • substituição da batata por curget (no caso das sopas, e não utilizar a fécula da batata, vulgo puré de batata)
  • leite meio-gordo ou magro
  • iogurtes magros sem adição de açucar
  • cerca de 2 litros de água por dia
A esta alimentação ainda podemos juntar o exercicio fisico:
  • caminhadas
  • corrida/jogging
  • bicicleta (seja em outdoor ou em casa)
Quando já ocorreu o AVC, e após analise médica e prescrição de medicamentos, geralmente é aconselhavel a fisioterapia
  • motora
  • fala
  • facial
Para prevenção, após aconselhamento junto do seu médico assitente, poderá tomar uma aspirina de 150mg.
Após estes percalços, ainda mais tarde foi operada a um cancro nos intestinos.
Actualmente a minha mãe é uma doente colostomatizada, ou seja têm um buraco na barriga, ao qual está um saco, por onde saem as fezes. Com esta nova doença, e já com algumas restrições alimentares, reforçamos a proibição de sal na comida, leite e derivados só magros, e deve comer mais verduras e fazer exercicio fisico.
Aprendemos, não só eu, mas todos lá de casa, que o cancro vem sem aviso. No caso da minha mãe era uma "hérnia". Volta a alimentação reforçada com a regra do: mais verduras, substituição da batata por outro, quem gosta de feijão e leguminosas, só duas vezes por ano. Ainda temos o factor económico, se até então a nível de medicamentos por mês era cerca de 20.000$00, passou de ser 100€ para 300€ mensais. Os sacos são muito caros, ainda acrescentamos, as fraldas para dormir, pois estes doentes sofrem de incontinência, começa a ter um relógio não só biológico como também imposto, regulamos horários entre outras coisas, como por exemplo, a sua tensão arterial não passe dos 7/13 e batimentos 80/95, que o peso não ultrepasse os 62Kg, mais exercicio nem que seja só lavar a loiça, já ajuda estes doentes.
Associado a estas doenças vêem os cuidados suplementares de higiene, os banhos que eram feitos de 2 em 2 dias, com um duche nos intervalos, para começarem a ser duches diários. Com a introdução do saco a minha mãe está mais exposta a infecções. Assim todos os seus objectos de higiene estão à parte, desde a simples escova do cabelo à pasta de dentes. O contacto directo com eles só ela o tem.
Em casa acabei também por modificar a disposição de alguns objectos, pois como a minha mãe tem dificuldade em andar, tive de alterar a maneira como tinha a mesa da sala: deixou de estar no meio para passar para um canto. Foram tirados os tapetes e ficou só o da sala que está preso por baixo dos moveis evitando que ela tropece.
O tropeçar associado a pessoas com problemas idênticos ou similares aos da minha mãe, acaba por vezes a ter um desfecho desagradavel para estes e familia. Pode dar-se a fractura do Colo de Fémur (zona da Bacia e Cóccix), é mais uma agravante para o estado débil da pessoa, além que a partir de uma certa idade os ossos já não possuirem o poder regenerativo demorando o processo de cicratização da fissura.
Em certos casos essa acaba até por ser impossibilitada, ao qual a pessoa tem de ser submetida a uma intervenção cirurgica para fixar a zona fracturada. Claro que todos nós estamos sujeitos a este tipo de acidentes, mas os idosos, pela a idade e a associação de doenças, estão mais susceptiveis a quedas e fracturas.

Mas como não há duas sem três, em 2007, foi detectado no meu pai um cancro na cabeça já em fase terminal. Nunca teve sintomas de nada, foi uma queda que o deixou temporáriamente sem reacção no braço direito. O médico em primeira abordagem pensou ser um AVC. Depois do TAC é que foi diagnosticado um tumor. Com o meu pai foi mais complicado, pois era um homem saudável e cheio de vida. Tive de aprender a tratar de uma pessoa que passou mais de 50 anos a salvar a vida de outros, desde dos cuidados básicos de higiene, banho e levantes, tive de fazer durante quase 1 ano, o qual o cansaço físico era menor que o psicológico, limpar chagas no corpo, virar um peso de 90 kg, administrar morfina e insulina, tudo junto, pois com o tumor e depois da cirurgia, o medicamento da quimio provoca os diabetes nestes doentes e ainda epilepsia.
Do meu pai lembro-me e quero recordar de tudo, a sua vida e até a sua doença, mas não houve sintomas, aconteceu e depois nós, a família, temos de aprender a viver com a doença e que conseguimos, nós os filhos realizar um dos últimos desejos: renovação dos votos com a minha mãe em Dezembro de 2007 (50 anos de casamento). Foi a ultima vez que ele saiu à rua.

Em Portugal, não existe e nem é aceite em Lares, doentes em fase terminal de cancro. Assim se morre em casa sem assistência médica, ou se tem um ataque e depois morre no hospital (caso do meu pai), ou ainda se houver dinheiro é dado vaga imediata num hospital de serviços continuados.
Como a família tinha de prestar apoio, complemento ao apoio domiciliário, os filhos tivemos de verificar horários. Durante a semana era feito o apoio complementar por mim e minha irmã, esta até é assistente de apoio geriátrico, no final de semana rodava entre nós as duas e com um dos meus irmãos.
O tratar do meu pai não considero que tenha sido uma demonstração de solidariedade da nossa parte, mas sim um acto de consciência e amor pelo nosso progenitor. Os valores que ambos os progenitores nos transmitiram, foram de facto essenciais para este momento difícil nas nossas vidas e da vida da nossa família.
Quando diariamente, e quem frequenta serviços de urgência hospitalar vê, idoso abandonados neste serviço, custa acreditar que depois de uma vida os mesmos passam a ser “trapos” para a família.
A educação, o facto de o nosso ambiente familiar ser o de afecto, respeito e amor, apesar da distancia que separa cada membro da família, e também a referencia do voluntariado, foi no total, o factor de contributo para que o meu pai, e minha mãe, tivessem, e ela ainda tenha, o apoio que necessitava.
Com terceiros também tenho o ponto de ouvinte e caso tenha de interferir a um nível mais intenso e desde que o solicitem, também estou pronta a ajudar dentro das minhas limitações e possibilidades.
O gesto de solidariedade, no meu ver, deve começar em casa. Defino solidariedade acto de ajuda, seja a que nível for.

A solidariedade não deve ser imposta ou sazonal, como está a acontecer. Ora vejamos, só na época do Natal é que vemos ou ouvimos a divulgação de recolha de alimentos e outros bens para ajudar quem mais necessita. Neste caso sou como a restante população, faço a minha doação para o Banco Alimentar Contra a Fome, faço entrega de brinquedos a instituições onde se encontra crianças em refúgio, ainda chego a fornecer medicamentos à Abraço.
Em relação aos peditórios na rua, geralmente ou somente contribuo e sempre contribui para a Liga Portuguesa Contra o Cancro, este é o que mais necessita das instituições que contribuímos, pois e após a minha experiencia familiar, o IPO são instituições sem fins lucrativos que o estado (Ministério da Saúde) só financia uma parte do trabalho desenvolvido nos hospitais e técnicos. São eles que mais carências manifestam, pois para a investigação têm de concorrer a outros países para obterem as bolsas de financiamento, o IPO oferece e fornece aos doentes a medicação e próteses gratuitamente. No lar do IPO estão somente os doentes que estão em fase de tratamento. No lar infantil é o dos que mais necessita de apoio financeiro e de doação, necessário roupas e brinquedos temáticos ou não, para ocupar as crianças que ali se encontram internadas ou somente em tratamento. Ainda existe os psicólogos de apoio à família e as assistentes sociais, que não pertencem ao sistema nacional de saúde, são empregados do próprio hospital. São estes os motivos que fazem com que eu contribuo para a LPCC e faça algumas doações de roupa e brinquedos.
A influência que eu tenho, e como referi, foi a educação que me foi transmitida em casa, o acto do voluntariado já é por si só um gesto de solidariedade. Sobre as instituições como as escolas, igrejas e outras, acho que são importantes para a ajuda e referência aos mais novos, estilo geração da minha filha que pensa, e isto graças à informação do consumismo, que tudo “cai do céu” ou que tudo é um dado adquirido, basta estalar os dedos.
Também considero o apoio social, como uma das mais importante vertentes do combate à pobreza (seja monetária ou de espírito), o respeito e opção de vida, deve ser único, cada individuo tem liberdade para optar, desde que não prejudique terceiros.
Após pesquisa na internet sobre Apoio Social a Idosos, encontrei o seguinte, que se encontra legislado:

“Apoio Social a idosos carenciados das Comunidades Portuguesas – ASIC-CP
Regulamento de Atribuição aprovado pelo Despacho Conjunto nº 17/2000, de 7 de Janeiro, e republicado com as alterações aprovadas pelo Decreto Regulamentar nº 33/2002, de 23 de Abril, constantes no Anexo II do mesmo diploma.O Apoio Social a Idosos Carenciados das Comunidades Portuguesas é destinado a portugueses idosos residentes no estrangeiro que se encontrem em situação de absoluta carência de meios de subsistência, não superável pelos mecanismos existentes nos países onde residem.Consiste na atribuição, com carácter mensal, de um subsídio de apoio social, personalizado e intransmissível, destinado a fazer face a necessidades essenciais de subsistência.”…in “http://www.secomunidades.pt”

Conforme já mencionado, este não se faz cumprir, uma vez que depende do Assistente Social o critério de selecção e ainda a situação financeira dos membros do agregado familiar, mesmo quando os filhos já não habitam em critério conjunto de “cama e mesa” com os idosos.
Existe alguns programas que efectuam debates políticos (Pós e Contras), e que já abordaram este tema. Mas claro que é um debate político, falta a área social e psicóloga do tema, pois este tipo de intervenção deveria focar casos reais e não as estatísticas feitas em mercado. Pois como poderão calcular, e até verificar, os valor / percentagens apresentadas nestes estudos, são desactualizados.
No entanto, reconheço que a nível mundial existe cada vez mais pessoas a contribuírem de alguma forma no combate à intolerância, aos sintomas de guerra e catástrofes naturais (a nível de saúde, repovoamento e outros). Algo que se encontra muito distante a resolução deste problemas. Como vivemos numa sociedade / aldeia mundial, onde existe grupos para debater problemas mundiais (G8; G20 e outros). Geralmente os temas mais debatidos são a crise económica mundial que actualmente nos afecta, e depois os níveis de resolução para o combate aos flagelos da guerra.
Existe instituições a nível global que se fazem representar, o caso da OMS (Organização Mundial de Saúde), UNIFEC (Fundo das Nações Unidas para a Infância – desde 1953), OCDE (Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento), ACIME (Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas), ACIDI (Alto Comissariado para a Imigração e Dialogo Intercultural) entre tantas outras.
São estas que representadas por anónimos ou pessoas conceituadas a nível de posição social (status), que se fazem representar dando o nome de Embaixadores ou Embaixatrizes. Em Portugal uma das representantes, é a Catarina Furtado. A figura mais conhecida a nível mundial será Agelina Jollie, não só pelo trabalho em campo, mas também por ser a mãe com mais crianças de várias nacionalidades, sejam adoptadas ou não.
Ainda neste ponto, o da solidariedade, podemos juntar o acto da adopção, tentamos dar a uma criança ou várias o direito à família, saúde, educação, amor e carinho. Este é um dos pontos onde as fronteiras se abriram, actualmente é permitido adoptar crianças de outros países da origem dos adoptantes, desde que o país de eleição tenha o acordo e participado na Convenção da HAIA (regula a adopção internacional). A estas crianças poderá ser dado a oportunidade de crescer num país sem guerra, sem opressões.
Infelizmente em Portugal ainda existe o lado racial neste ponto. Por conhecimento de causa, visto ter acompanhado o processo de adopção de um filho de uma colega de trabalho, existe muitos entraves no que respeita os adoptantes. Não menciono o facto da idade ou situação monetária. Considerando que a minha colega, solteira e sem companheiro em 8 meses ficou com um menino da idade de 11 meses. Existe sim, a descriminação racial na “escolha”. Raramente se vê um casal ou pessoa a adoptar uma criança de outra cor se não for a sua. O Bernardo, nome do “terrível”, é mulato enquanto a mãe adoptiva é branca, ele era filho de doente seropositiva, graças à evolução da pesquisa e despiste desta doença, o terrível aos 2 anos foi “liberto” das consultas de rastreio, não estava infectado.
Podemos ainda juntar o factor da idade, geralmente as pessoas procuram crianças até aos 5 meses de idade, superior a esta só em ultimo caso. Ainda podemos juntar os critérios impostos pelas assistentes sociais, não pelas as instituições ou lei, mas sim pelas visitas destas à casa que poderá acolher a criança, um dos critérios é o empregada domésticas Este é um dos casos de descriminação para a igualdade que eu conheço.
Compreendo estes critérios, no entanto sou da opinião e a favor da vida com dignidade, entendo que cada um tem e deve ter o direito ao ensino, prestação de saúde, trabalho, habitação. Sou a favor do aborto, não no sistema implementando como está (gratuito), acho que no mínimo se devia pagar a anestesia (ronda os 50€), e no espaço de 1 ano a pessoa não poderia recorrer ao S.N.S. para efectuar nova I.V.G., sou a favor da eutanásia, qualquer ser humano deve ter dignidade na morte, e depois de ver a situação do meu pai que ficou 100% dependente de terceiros, acho que devia ser autorizado e sem represálias aos médicos e familiares. Assim como os médicos que se recusam a efectuar o I.V.G., aos médicos que não quisessem efectuar a M.A., bastava juntar o requerimento de OBJECÇÃO DE CONSCIENCIA.

Para perceber o quanto o familiar desespera e ainda para terem uma imagem mais real do nosso país em relação aos doentes de cancro, junto um e-mail que enviei à Ministra da Saúde relatando como estes são assistidos pelos técnicos da Santa Casa da Misericórdia e a falta de apoio que os hospitais nos dão:

“Exma Senhora Ministra Ana Jorge,Antes de mais queira aceitar os meus parabéns pela sua tomada de posse, e esperar que algo se faça pelo serviço nacional de saúde neste país, que cada dia que passa mais se nota, não só socialmente, mas também a nível de saúde a sua diferença pela negativa.Sou filha de doente de cancro, meu pai tem um tumor na cabeça e minha mãe é doente colestematizada.Quero neste momento fazer algumas questões que me têm vindo a assombrar, e a me perseguir nestes últimos 4 meses, e que sinceramente, espero que a senhora saiba responder, porque quando a mim me perguntam eu fico sem resposta.1º porque o estado, neste caso o serviço de saúde e assistência social regulada pela santa casa, acha que os filhos têm de reunir condições em casa para dar apoio a um doente terminal com cancro?2ºa senhora conhece assistência domiciliária?3ºpara que é que o meu pai descontou durante alguns anos, certo que não muitos, mas alguns, se neste momento em que necessita de usufruir dos mesmos as portas se fecham?4ºsabia a Senhora Ministra que aquilo que nos foi dado a conhecer é que a assistência domiciliaria é paga seja qual for o rendimento, e mesmo que não tenha pensão ou reforma terá de pagar na mesma?5ºsabe ou terá conhecimento que tal como eu, milhares de familiares destes doentes, estão em risco de perder os seus postos de trabalho porque temos de reunir as tais condições de assistência em casa para esse tipo de doente?6ºsabe que assistência domiciliaria é feita 3 vezes ao dia e só é feita a higiene de manhã e ao final da tarde, que o almoço é dado em 20m, tenha o doente mais facilidade ou menos pra digerir os mesmos?7ºsabe que no caso da minha mãe, que não recebe qualquer tipo de pensão ou reforma e vivem os dois da pensão do meu pai no valor de 303.0€ mensais, e caso o meu pai consiga vaga no hospital de cuidados paliativos a minha mãe poderá perder na totalidade qualquer tipo de "resto" da mesma?Senhora ministra, estas são algumas questões que a mim me foram colocadas por assistentes sociais, tendo no entanto encontrado algum alento e luz junto da Assistente Social do IPO e do médico que lá assiste o meu pai, no qual estão da melhor forma proporcionar a este alguma qualidade de vida no resto que este ainda tem, senão seria impossível, porque nem o Hospital dos Capuchos ou Hospital São José nos auxiliou, nem a Santa Casa aceita auxiliar porque ele têm filhos.Para finalizar, então a minha filha, vai viver do quê, ar? Isto se no final do mês não receber carta de despedimento, porque por muito bom que seja um patrão ou chefe, paciência tem limites.Esperando por uma resposta de Vª Exa., com os melhores cumprimentosLaura CastanheiraLisboa. 26/05/2008”

A resposta e reenvio para outro serviço desta, foi feita em Agosto de 2008, dois meses depois da morte do meu pai, agora digam se os familiares destes doentes têm ou não uma experiencia psicológica para acrescentar à experiencia de VIDA.
Como poderão constar esta foi umas da experiencias mais marcantes que tive nos últimos anos, além do nascimento da minha filha.
Este meu “percurso” meio irónico, sim porque faço ou melhor fazia parte do grupo de pessoas que pensavam “estas coisas só acontecem aos outros”, marcou bastante estes meus últimos 2 anos. Posso dizer que a nível familiar se por um lado reforçamos os laços, por outro perdemos um dos elos que nos matinha. O ponto financeiro, foi de facto uma batalha, medicamentos, apoio e outros ficaram a cargo dos filhos. Hoje em dia a minha mãe mora comigo, e com uma pensão mínima de sobrevivência que ela teve direito, é o meu ordenado que nos matem. Culturalmente e socialmente fiquei com mais umas tantas más impressões do estado e sistema, mas paciência, logo se verá o que poderemos fazer.
Se tentei exorcizar os meus fantasmas, claro e até expos para poder respirar um pouco.


Segunda-feira Julho 07, 2008
Acabou a dor
Estamos
07/07/2008, por fim o meu pai teve descanso, faleceu no dia 26/06/2008.Começa uma nova era, é temo de limpar as feridas, sim as feridas de guerra, a guerra que todos os familiares de doentes com cancro ficam.Todos os dias morremos juntamente com eles, só que a nossa morte é de alma, e por consequência vêm o corpo, nada nem ninguém nos importa, a nossa aparência, começa a ser a do anjo negro.Vestimos o preto, na espera de algum telefonema, a nossa cara está sem expressão, a única é o vazio no olhar.Teve paz, e agora é a nossa vez, todos os dias o lembro, e seu continuara ter a capacidade cefálica da lembrança, irei o recordar o resto da minha vida.Pessoas com os seus defeitos, erros, virtudes e todas as outras coisas que nós todos temos e dificilmente as admitimos.Pai onde estiveres é um até breve, meu companheiro e amigo, e que o nosso até breve ainda fique longe, pois tenho ainda que criar a tua neta preferida a tua "salsicha pequena", que até ela te diz, "até breve, amigo".Amo-te e sempre te amei, apesar dos conflitos existentes entre nós, sei que vou ter de ter forças para continuar, sinto a tua falta, a tua voz, o teu cheiro, o teu sorriso e os teus olhos cinzentos, como nunca vi em ninguém.Que a tua viagem seja feita na companhia dos anjos, tiveste esse direito, 53 anos a salvares vidas, agora que te recebam nos seus braços.Até breve, amigo e companheiro, meu pai.

The angel my take you in the arms and let you to a quit place, they my guide your journey, and after you saved many live, is the less that you urn. My friend, my father, till we meet again.
Acredito, ou tento acreditar nas instituições, apesar de tudo, não governamentais (AMI/BACF/UNICEF), que prestam auxilio às populações mais desfavorecidas, ou a países do 3º mundo, Eu própria faço parte, voluntária de voz, da AMI, nunca estive me comissões, mas faço parte do leque dos eleitos do Dr. Fernando, onde divulgo as obras feitas (deveria de ter mais tempo para outras acções deste tipo, mas não tenho).
O Apoio Social, nem sempre é prestado pelas Santas Casas, também podem ser feitas por Centros de Dia ou Juntas de Freguesia.Após alguma consulta em sites da internet, sobre constituição e códigos de instituições sem fins lucrativos, passo a citar:

«Quando, em 1867, Andrade Corvo defende a Lei Cooperativa, correctamente designada por Lei Basilar, aprovada em 2 de Julho daquele ano, teve o cuidado de sublinhar não pertencer ao estado tutelar as cooperativas, mas apenas “fixar regras que assegurem os interesses dos que se associam e dos que contratam com eles”. Vinha, então, a lei consagrar, ainda timidamente, os fortes primeiros passos já dados pelos cooperadores portugueses na primeira metade do século passado, deixando “campo largo à iniciativa individual e à liberdade de todos”. De facto, a iniciativa popular havia feito florear, em experiencia diversas e plenas de vitalidade, embora raramente com a compreensão de associações, mútuas e cooperativas. Este contexto é testemunhado pelo notável discurso de Alexandre Herculano proferido em 1844, quando da inauguração da Caixa Económica de Lisboa. Lamentando que a Câmara dos Deputados não tivesse ouvido o apelo dos primeiros economistas portugueses em prol destas associações populares, “oferecendo que a lei que as devia regular”, acrescentava Herculano:
Até hoje nada fizeram a semelhante respeito aqueles a quem mais que a ninguém esse mister incumbia, e se a existência da primeira Caixa Económica em Portugal se realizou, deve-se este facto a uma associação particular»…in BDJUR


Neste seguimento, Lei Basilar, entendesse instituições sem fins lucrativos; Associações de Solidariedade Social, Irmandades da Misericórdia, Cooperativas de Solidariedade Social, Associações de Voluntariado de Acção Social, Associações de Socorros Mútuos, Fundações de Solidariedade Social.
As mesmas estão agrupadas por: Uniões, Federações e mais recentemente no âmbito de Institutos Públicos (I.P.).
As mesmas estão regulamentadas por lei e sujeitas à fiscalização do Estado. O objectivo é de expressão organizada ao dever moral de solidariedade e de justiça entre indivíduos, necessidades económicas, culturais ou sociais. Tendo como princípio cooperativo a admissão acto livre e voluntário, sem discriminações a sexo, raça, língua, nacionalidade, instrução.
Todas as associações/cooperativas estão sujeitas a acto de escritura pública, estatutos, assembleia e acta, ainda a capital social sem limite (retirado apontamento do DR- Dec-Lei 519-G/79 e 454/80).
Aos funcionários e agentes do Estados e demais entidades públicas é substituída pela expressão Trabalhadores de Administração Publica e outras Entidades Publicas (retirado apontamento in DR Lei Constitucional nº 1/82).

Voltando ao meu percurso pessoal e profissional, desde 1994 a 2000, tentei algum tempo depois retomar os estudos, mas fiquei grávida e isso passou para segundo plano.
Dentro do o meu percurso profissional, que já apresenta um certo currículo, quando terminei o curso e conforme já mencionei, estive a trabalhar a recibos verdes na editora Logman, onde fazia atendimento aos professores e entidades de ensino, onde os deveria encaminhar para a melhor opção dos manuais a utilizar nos cursos ou no ensino, ou seja, teria de “vender” o produto, não recebia à comissão, mas mais parecia.

Seguiu-se a empresa de mailing, tinha a função de timbrar envelopes, é nesta empresa que acabo por deixar os estudos, uma vez que não nos era autorizado o estatuto de trabalhador estudante.
Diz o Código do Trabalho que:


“At.º 79
1.Considera-se Trabalhador Estudante aquele que presta uma actividade sob autorização e direcção de outrem e que frequenta qualquer nível de educação escolar, incluindo cursos de pós-graduação, em instituições de ensino.
2.A manutenção do Estatuto de Trabalhador Estudante é condicionado pela obtenção de aproveitamento escolar, nos termos previstos na legislação especial.
Art.º 82
Prestação de provas de Avaliação”…in Código de Trabalho – anotado 2003

“Art.º 52
Noções
1.Considera-se Trabalhador Estudante aquele que frequenta qualquer nível de educação escolar, bem como curso de pós-graduação, mestrado ou doutoramento em instituições de ensino, ou ainda cursos de formação profissional com duração igual ou superior a seis meses.
2.A manutenção do Estatuto do Trabalhador Estudante é condicionada pela obtenção de aproveitamento escolar, nos termos previstos no anexo II (regulamento)
Art.º 52
Horário de Trabalho
1.O Trabalhador Estudante deve beneficiar de horário de trabalho específicos, com flexibilidade ajustável à frequência das aulas e à inerente deslocação para as respectivas estabelecimentos de ensino.
2.Qunado não seja possível a aplicação do regime previsto no número anterior, o Trabalhador Estudante beneficia de dispensa de trabalho para frequência de aulas, nos termos previstos em legislativa especial
.
Art.º54
Prestação de provas de avaliação
O Trabalhador Estudante tem direito a ausentar-se para prestação de provas de avaliação nos termos previstos em legislação especial”…in Lei 59/2008



À luz da lei, qualquer trabalhador têm direito ao Estatuto Trabalhador Estudante, desde que seja pedido através de requerimento o mesmo, referindo lei e artigo (alíneas caso necessário), juntando prova de inscrição/matricula, horário escolar. Em caso de deferimento, e consoante a entidade e interpretação do código de trabalho por parte destes, o trabalhador poderá se ausentar mais cedo do serviço (penso que seja cerca de 45 minutos), direito ao dia de prova de avaliação, véspera e dia de exame. Em caso da entidade funcionar por turnos, será concedido pela entidade ao trabalhador horário específico durante o período da época escolar. No caso do RVCC (minha situação) será concedido o direito à frequência de aulas/sessões, desde que junto ao mesmo venha uma declaração referindo o período das sessões (semanal/quinzenal, período diurno/nocturno e tempo 1 hora/2 horas). Ao trabalhador não será retirado os benefícios sociais e remuneratórios.

O Código do Trabalho só vem reforçar o que está transcrito na Constituição da Republica Portuguesa, sob o At.º 43 (Liberdade de aprender e ensinar), Art.º 47 (Liberdade de escolha de profissão e acesso à função publica), Art.º 53 (Segurança no Emprego), Art.º 68 (Direitos dos trabalhadores), Art.º 63 (Segurança social e solidariedade), At.º 64 (Saúde), Art.º 68 (Paternidade e maternidade). A importância deste é fundamental, não só para regulamentar à luz legal e jurídica os objectivos da entidade empregadora, mas fundamentalmente para proteger o 1º outorgante e o 2º outorgante no Contracto Individual de Trabalho, no caso da Função Publica respeitasse o mesmo, aplicando a Lei do trabalho em Instituto Públicos. Ao CIT, não pode ser retirado regalias ao trabalhador, pode sim, ser aplicado regulamentação interna, respeitando o Código Geral do Trabalho.

Depois trabalhei como Empregada de Cópia Heliografia, numa firma que me ensinou a trabalhar com máquinas de fotocópias e de revelação heliográfica. Fui funcionária daquela casa durante quase 1 ano, até que um dia eu e os restantes colegas, quando lá chegámos, estavam funcionários judiciais a fechar as portas, a entidade tinha aberto falência e nada tinham comunicado aos empregados.
Nesta firma, de nome Mecatrone, que ficava na Rua do Conde Redondo, tive como orientador o meu então patrão, nunca tive formação dada ou proporcionada pela empresa, todos nós éramos um pouco autodidactas ou aprendíamos com o “mestre”. Quando fui para lá trabalhar a única coisa que percebia era de carregar num botão de fotocopiadora e esperar que a mesma fizesse o trabalho, quando me deparei com uma máquina que pesava cerca de 300Kg e que além de funcionar a electricidade ainda tinha de juntar amoníaco para a relevação e que existia dois tipos de papel, fiquei para morrer, onde estava eu para me meter numa coisa destas. Mas como todos os “tugas”, aprendi, o tempo de aquecimento da máquina, nunca acima dos 60º e nunca abaixo dos 40º, a folha tem de entrar a direito ou então o trabalho é para o lixo.



O cheiro intoxicante do amoníaco fere a garganta, assim como os olhos. Cuidados a ter: nunca estar exposta durante muito tempo ao revelador, importante também, não esquecer de tirar as mãos das folhas, assim como os cabelos e roupas, podem ser facilmente enroladas no rolo de fixação do papel. Hoje dou por mim a pensar a sorte que tínhamos, pois o nosso patrão fazia tudo isto com um cigarro aceso na boca, correndo-se o risco de explosão.
A máquina de cópia heliográfica era e é utilizada essencialmente para a reprodução de cartas e mapas ou plantas de construção civil e náutica. O papel “plástico” ´é utilizado na fase inicial do projecto desenvolvido pelos técnicos, o qual pode posteriormente ser “raspado” com uma lâmina e corrigido, a revelação química deste é feito com amoníaco e secante a cerca de 45º. As plantas finais (planta que se anexa no processo de aquisição de uma casa) são em folha de revelação (papel) com o amoníaco, neste caso não necessita de secante.
Para se obter estes resultados, cabe aos arquitectos, engenheiro e outros técnicos da área procederem à maqueta em suporte papel (folhas normais). Depois é pedido a revelação do projecto nos dois tipos de papel.


Actualmente e com a evolução dos sistemas de impressão e dos programas informáticos, este processo é feito directamente no computador e a sua impressão através de uma ordem e comando do computador.
Estas máquinas evoluíram tal qual outro equipamento de escritório: deixaram de ser grandes e pesadas, para aparecerem em formato e peso mais compactado.
Também o perigo de exposição dos químicos com o ar respirável pelos funcionários que utilizavam as máquinas sofreu alterações. O revelador é introduzido como qualquer outro cartuxo de tonner de uma máquina de tirar fotocópias. Claro que alguns riscos ainda se mantêm, mas o contacto directo com os químicos já não existe (o enchimento do revelador era feito através de um garrafão e tubo, através do qual o empregado fazia correr o amoníaco para dentro do tanque de revelação).
Com o surgimento de programas informáticos na área da construção, foi ainda possível ligar directamente esta máquina ao computador para revelar o trabalho feito/desenvolvido, tal qual a nossa impressora de casa.
Todas estas evoluções foram uma mais valia, não só a nível da segurança das empresas que trabalham com este tipo de materiais, como para a redução de desperdícios de papel e de revelação.

For the correct form to work whit a envy machine and toxic components, make shore that you use:
· Appropriate clothes
· Helmet
· Mask
· Bouts
· Gloves
Forbidding smoking in restricting areas, and during working time whit toxic components. The workers can take/make a brake for15tg minutes, for a coffee our to smoke. For take a smoke, they ave too do it at in free areas (garden our street).
For work by the rules, the worker ave to respect hall the sins that the employ boss made and make. In Portugal exist norms of “security, health and hygiene at work”.
During my time in Mecratone, we, the workers never have said anything to the boss. Not for scared our afraid. The only sing that we have say, is that smoke and toxic components can make and take to explosion. If this was today, maybe, after a talk with my boss, and if he didn’t respect the norms, I wood take the complain to the Instituicion oh Health and Security at Work.

Como expliquei, a falta de segurança era uma constante e nem sempre as coisas, ou as situações são retratadas ou comentadas na devida altura, no ano de 1992/3, muitas eram as entidades que “fugiam” a vários tipos de inspecções. Lembro que tínhamos nas varandas os jarros com o amoníaco, e que despejávamos os restantes na sanita (contaminando as aguas e acumulando os gazes nas canalizações). A única coisa que tínhamos cuidado era em abrir as janelas (fosse inverno ou verão de dia ou noite_) aquelas janelas estavam sempre abertas, um dos meios de nos protegermos dos gazes e de acumulação dos mesmos. A situação era tão perigosa que nós aquecíamos a nossa comida em fogões eléctricos fornecidos pela entidade dentro da sala do contabilista.
Regras de segurança, só existia uma, conseguir chegar às 19 horas sem ter sofrido intoxicações, ficar enrolado numa máquina etc, fundamentalmente chegar vivo e inteiro depois de um dia de trabalho a casa.
Naquela altura não dávamos grande importância ao factor de denúncia ou das entidades reguladoras na área de Prevenção, Segurança e Higiene no Local de Trabalho, actual ACT.
Actualmente já se vê algumas entidades a tentar respeitar e colocar sinais de aviso de perigo dentro de instalações, são inclusivamente fiscalizados nesse sentido, e em certos casos a aprovação do alvará passa também pela vistoria do Regimento de Sapadores Bombeiros.
Pouco tempo depois fui trabalhar para um cabeleireiro de homens como caixeira polivalente, sobre contrato anual. Estive lá a trabalhar durante 3 anos. Aprendi técnica de aplicação de tintas e corte masculino, era algo que gostava, mas infelizmente, não houve acordo no final dos 3 anos, porque não houve entendimento entre os envolventes. Ainda não tinha feito uma semana que estava desempregada, quando comecei a trabalhar numa firma unipessoal de serviços de solicitador. Aqui adquiri conhecimentos tanto burocráticos como pessoais, que ainda hoje me auxiliam no meu desempenho profissional. Neste serviço aprendi a preencher documentos oficiosos, a resolver situações/contornar situações burocráticas, ganhei um certo poder mental sobre as situações, foi nesta altura que a minha insanidade surgiu.
Estamos no ano de 1998, e como poderão calcular, o trabalho judicial é sempre muito complicado nos meses de Maio/Julho e Setembro/Novembro. Nessa altura e paralelamente sou secretária de um grupo desportivo e recreativo, o único ensinamento que tirei deste meu período, é que não tenho qualidade para ser “corrupta”, foi nesta colectividade e também como Marchante (representante do Bairro em desfile nos Santos Populares), que travo um conhecimento mais profundo com o meu ex-marido, já nos conhecíamos há vários anos, mas as nossas conversas não passavam do “como estás”, “queres um café”, acabámos por casar em Julho de 1999 e o divórcio foi em Dezembro de 2005. Do meu casamento tenho a Natacha, que completou 8 anos em Abril (reportando ao ano de 2008).





A minha experiência a nível de casal foi boa, daqui levo a aprendizagem de que ou remamos para o mesmo lado ou nada feito, e eu achei que estava na altura de ancorar o barco e partir para terra. A diferença de idades pode ter contribuído para esta situação, sendo eu mais velha cerca de 10 anos, e estando com 27 anos queria de facto construir família, e fazer com que as nossas vidas fossem mais repletas, misturando todos os factores que um casal deve ter.

Após nascimento da Natacha, inscrevi-me para o concurso de ingresso na Função Publica.
Em 2001, entro no IEFP, passo pelo Gabinete de Comunicação, o qual foi a minha “escola” nesta casa, no GCM aprendemos de tudo um pouco, desde a organizar eventos a como um processo de aquisição. É um local, onde pessoalmente, digo que todos os funcionários deveriam fazer um estágio de 3 meses, pois como costumo ver, ainda temos muitos colegas que pensam que basta mandar, e não fazer nada, e ali não. Todos, mas todos, incluindo os directores têm de meter as “mãos na massa”. Fico naquele serviço 2 anos, acabando por pedir transferência para o serviço onde estou. O porquê foi variado: mudança de director, mudança de colegas, o qual diga-se de passagem, para mim e outros não foi nada bom, ainda existe a diferença entre o “trabalhador com Contrato Individual” e o “Funcionário Público”, pena que as pessoas não percebam que ambos temos a mesma entidade patronal, os contribuintes.
Sobre o tipo de contratos existentes na função pública são eles:


  • CIT (contrato individual de trabalho
    Contrato à Função Publica (em fase de extinção)
    Recibos Verdes
    Comissão de Serviços
    Cedência Ocasional de Trabalhadores


As regalias para os nºs 1; 2; 4 e 5, dentro da função pública é com os novos estatutos e lei, são iguais, só o sistema de saúde é que difere inclusive o nível remuneratório. Futuramente vamos ser todos enquadrados na função pública com CT, a única diferença entre nós, nessa altura, será a mentalidade (anos de serviço).
O funcionário quando contratado com CIT, por norma, aceita de melhor agrado as directrizes superiores, enquanto o CFP já se manifesta. O direito à greve é um dos casos, os CIT são penalizados e os CFP, não.
Quem está a recibo verde, já sabe que o IEFP, tal como outras entidades, não lhes concede direitos, só deveres, e mesmo a este tipo de contratação o IEFP, para efectuar os pagamentos, exige declaração da Segurança Social e Finanças em como o contratado não tem qualquer divida com estas instituições.
Como já trabalhei a recibos verdes, sei o que passamos a nível de imposto e deduções contributivas/fiscais.
Nessa altura (1996),durante o primeiro ano estive isenta a IVA, depois e para que não me custasse tanto, comecei a reter/declarar na fonte o mesmo. A nível da segurança social pedi o esclão mais alto, para poder contar com a protecção na doença, estudos e contagem para efeitos de reforma, sei que nessa altura pagava mensalmente 36000$000 para a S.S., trabalhava das 8.30 às 16.00, recebia de 15 em 15 dias (ordenado e pagamento inglês), ganhava à hora 1600$00, sabia que quando estava doente não poderia usufruir na totalidade do sistema remuneratório da baixa por doença (o sistema só pagava uma percentagem mínima), que a qualquer altura e assim que o serviço acabasse, vir-me-ia embora, sem direito a carta a recorrer ao subsidio de desemprego.
Actualmente quem trabalha a recibo verde passa por todas estas situações, mas já existe o contrato escrito, em que ambos os envolventes o assinam.
Penso, não tenho a certeza, mas no caso de artistas após a conclusão do contrato com as entidades, podem requerer subsídio de desemprego, assim como os professores substitutos, e jovens licenciados à procura do 1º emprego.
Após a passagem pelo GCM e a vinda para o Departamento de Formação, precisamente para a Direcção de Recursos Formativos, na condição de estar a dar apoio no atendimento ao utente, sempre que a sala estava mais cheia, eu teria de fazer o serviço de referência e efectuar as vendas, ficando deste modo responsável pela contabilidade da Mediateca. Gosto do serviço que faço, apesar de já ter tido dias melhores, identifico-me com o atendimento ao público, uma vez que sou comunicativa.
O IEFP, tem o modelo de gestão e de decisão consagrado a todos os outros institutos públicos. Cabe ao IEFP, tomar decisão sobre as questões de empregabilidade e formação.
O IEFP está credenciado pelo IQF (instituto já extinto), respeitando o ponto de Entidade Credenciada para a Formação e Orientação Profissional, e com a vertente da Certificação de Formadores.
A nível do emprego, está credenciado a nível Europeu, no qual se rege pelo modelo REDE EUROS, neste ponto também se encontra associado ao ISS, respeitando ao “fundo de desemprego”.
A tomada de decisão e gestão é transmitida pelo MTS, ficando este regulado pelo secretário do Estado para o Emprego e Formação (actualmente Dr. Fernando Medina).
A chefia é feita por nomeação, sendo feito depois a hierarquia na vertical.
Com as novas reestruturações do ano de 2006/7, e com as extinções de vários organismos, caso do IQF, IHSST e outros, o Departamento sofre também algumas reestruturações a nível das direcções, sendo extinta a direcção onde estava inserida, e alterado as que conseguem vincular, o caso do CNFF, o qual passa a CNQF, aí ficamos a “servir” com mais relevância o Departamento.
Actualmente estou como a maioria dos trabalhadores portugueses “insatisfeita” com as entidades. Mas como sei que não me posso dar ao “luxo” de “deixar andar”, acabo por tentar mostrar alguma simpatia pela entidade.
Mantenho o meu posto, apesar de já ter sido convidada para dois Centros de Gestão Participada e Centro de Gestão Directa, continuo aqui, enquanto a entidade não extinguir o meu posto de trabalho. Como “boa profissional” que sou, modéstia à parte, sei que tenho as portas abertas aos Centros que têm Mediatecas. Se dependo da minha entidade, o meu posto de trabalho depende de mim, pois sou a única que aceitou a área contabilística da Mediateca, restantes colegas deste serviço recusam a responsabilidade da gestão monetária e gestão de stock dos produtos de venda.
O Departamento de Formação Profissional, está inserido numa das muitas unidades orgânicas do Instituto de Emprego e Formação Profissional, I.P.. Este é classificado como um instituto sem fins lucrativos, organizado pela estrutura vertical. O DFP “depende” directamente de um vogal do Conselho Directivo. A autonomia financeira e decisiva não cabe ao Director de Departamento, terá sempre de ter aprovação a nível superior. A única autonomia a que lhe é dada, é sobre a gestão de recursos humanos dentro do próprio departamento.




O Departamento de Formação Profissional é composto por 3 Direcções de Serviços, sendo os mesmos e suas funções:
Organização de Formação – divulgação de aprendizagens
Coordenação de Oferta Formativa – gestão de Centros de Formação Profissional de Gestão Participada (CECOA, CENFIM, CEPRA…)
Centro Nacional de Qualificação de Formadores – certificação, divulgação de referenciais e sua aplicação, formação de formadores e divulgação de recursos didácticos para todas as formações. Com a nova estrutura e extinção de alguns institutos, caso do IQF, a área documental (Centro de Recursos em Conhecimento) passou a ser responsabilidade do CNQF.
O Núcleo de Apoio Técnico do Departamento gere e representa os Formandos Portugueses em competições Regionais, Nacionais e Internacionais, assim como a estrutura dos CNO`s.
Dentro do IEFP, existe ainda os seguintes departamentos e gabinetes / assessorias:
Departamento de Emprego – composto por 3 direcções de serviço, compete a este divulgar a oferta de emprego ou a formação como alternativa. Ao DE, cabe ainda o intercâmbio de trabalhadores do programa EURES.
Departamento Financeiro e de Controlo de Gestão – composto por 3 direcções de serviços, a este compete a aquisição de produtos / serviços, concursos públicos, cadernos de encargos, controlo financeiro do IEFP. A nível financeiro este departamento é autónomo, dependendo do Vice-Presidente.
Departamento Organizacional e Estratégico – composto por 3 direcções de serviços, com competência a nível organizacional de pessoal, gestão dos recursos humanos do IEFP, serviços pessoais, concursos internos, serviços médicos, promoção de formação interna aos funcionários.
Ao Presidente o IEFP, está ligado directamente as Revistas de informação e divulgação (Formar e Dirigir), Gabinete de Comunicação, Gabinete de Estudos e Avaliação e Assessoria Jurídica e de Auditoria.
O Gabinete de Instalações e Assessoria de Sistemas e Informação estão sobre a responsabilidade de um vogal.
Paralelo ao Presidente do IEFP, encontram-se a Comissão de Fiscalização e Conselho de Administração.



IEFP ainda é composto por Delegações Regionais, ao qual tem autonomia para contratar pessoal por um período de tempo determinado (prestação de serviços e formadores), sendo só necessário a intervenção do Presidente o IEFP em questões jurídicas.



O IEFP tem uma liderança democrática, apesar que estamos a entrar numa liderança autoritária. As decisões são tomadas em conjunto e com votação, ou seja, de 15 em 15 dias o CD, se reúne em acta para tomar aprovação ou não das informações apresentadas pelos directores de serviços ou pelos técnicos superiores. Como todas as outras entidades do estado, e talvez pela a má fase económica do país, estamos a entrar numa fase de autoritarismo, onde por muito que se mostre o correcto ou funcional, prevalece a vontade do nosso Presidente ou do secretário de Estado, e quem se opor ou simplesmente se manifestar o seu desagrado... . A vantagem numa liderança democrática é que se ouve ambas as partes e se pondera a opinião dos envolventes, a desvantagem é o tempo de resposta, pois nem sempre se chega a acordo facilmente. O que obriga a quem está neste lado a ter de tomar uma atitude de permissividade, pois só assim é que por vezes consigo manter uma imagem correcta da instituição, acarretando no final a responsabilidade por mim tomada. Mas em todos os casos todos nós, funcionários da casa, tentamos defender não só os nossos direitos como trabalhadores, mas também do utente/entidades que procuram os nossos serviços.
Deste modo e como qualquer instituto público não existe regulamentado um código de conduta ou ética, estes pontos são mais comuns e a nível interno em instituições de defesa e cuidados, caso dos militares e médicos.
Não existindo o Código de Conduta/Ética, como já referido, pois dentro da função publica existe sim um código respeitante a uma profissão desempenhada na função publica (facto constatado em pesquisas bibliográficas e através da internet). Considero que seria importante e benéfico a implantação e sua aplicação do Código Geral, como o caso do Brasil e Cabo Verde. No panorama profissional, acho que de factor é de louvar que cada profissão tenha um código de conduta. A esse poderá auxiliar o desempenho profissional de cada indivíduo. Não obstante considerando a falta do mesmo cumpro os seguintes critérios para com a minha profissão:

Respeitar e representar da melhor forma a instituição onde se desempenha funções
Sigilo profissional nos casos de precariedade (utente)
Assertiva na comunicação e atendimento ao publico alvo do serviço em questão
Aplicação do regulamento interno nos pontos de assiduidade e chefias

A deontologia não é mais que os deveres profissionais de cada um de nós, ao qual as instituições e empresas adoptam normas para completar ou dar revelo a um dos pontos descritos.
Em sequência ao desempenho profissional de cada funcionário e sua aplicação foi imposto no ano de 2008 o novo sistema de avaliação, cabe a cada um dos funcionários, e de acordo com a legislação e SIADAP, representar na sua avaliação total (100%), 10% da sua imagem com exterior.
A este nível o meu desempenho terá de ser o máximo, uma vez que contacto directamente com o público, estando sujeita ao preenchimento por parte do utente a uma ficha de avaliação diariamente.
Como já mencionei anteriormente, o ponto da assertividade é algo que nós, funcionários de atendimento ao público, assim como professores e formadores, têm de ter em consideração e utilização. O ser assertivo simplesmente é o saber estar e saber fazer de qualquer um de nós. Somos “bombardeados” diariamente com questões por parte daqueles que utilizam o nosso serviço. A falta de paciência e de objectivos são uma constante diária neste serviço, quando deparamos com os desempregados ou formadores. Resumindo, a Mediateca de Formação Profissional acaba por fazer um serviço paralelo, ajudamos ou tentamos dar respostas aos que são “despachados” pelos Centros de Emprego. Imaginem pessoas que fazem quilómetros porque o Centro não soube dar resposta, imaginem qual o estado psíquico do utente. A alteração de humor e estado nervoso seja a ser o extremo, desde ameaças e gritos.
Geralmente, e talvez seja por causa do meu ar meio louco, acabam sempre por deixar estes para o meu posto de atendimento. Tento dialogar, ficar aberta e receptiva ao problema, tentado de algum modo “aliviar” a imagem que já trazem de outros serviços. São por vezes coisas básicas, como a inscrição no TTNet, ou procura de cursos na área de residência ou Centro de Formação.
Até hoje, só uma única vez tive de “descer” ao nivel de um utente, perdi completamente a cabeça quando este tentou agredir uma colega minha e começou a nos insultar, foi uma situação muito incomoda, acabei por gritar também e tive de tomar uma posição, chamei os seguranças e pedi para porem o senhor na rua e efectuarem relatório da ocorrência.




Considero que o meu trabalho tenha menos notoriedade e evidência, pois a Mediateca é conectada a funcionários medíocres, pessoal sem qualificação ou pessoal sem integração noutros serviços.
Mas este é na sua totalidade mentira, o pessoal afecto a este serviço tem de ter uma especialização ou cursos profissionais.
No grupo CRC (Centro de Recursos em Conhecimento) temos pessoal com cursos superiores em Ciências Documentais e profissionais com cursos de introdução e exploração às ISBD M (curso de tratamento documental bibliográfico). O nível de impacto só é possível analisar a nossa importância na área da formação.
A este vem agrupado o impacto tanto a nível interno como externo. A burocracia em qualquer instituição “reina”, ao que por vezes a nossa função (trabalhadores) acaba por transmitir uma imagem negativa, nenhum funcionário é autónomo, tendo de responder a chefia seguinte (superior hierárquico), este responde a dirigente e por ultimo este responde ao Director de Departamento. Os atrasos de resposta ao utente são constantes o que torna a nossa imagem (IEFP e Departamentos) negativa, todos os trabalhos são sujeitos a despacho e autorização superior, sejam os trabalhos diários ou de longa duração.
Profissionalmente prendi que a minha vida particular fica à porta do serviço assim que pico o ponto. Cada vez mais é difícil gerir ambas, tentar separar uma da outra, quando os utentes ficam furiosos com a nossa burocracia interna. Como qualquer outra pessoal por muito que tente ter um “sorriso” acaba por ser difícil, principalmente quando os nossos problemas pessoais se identificam com os problemas dos nossos utentes.
A falta de pessoal ou a má gestão dos recursos humanos da Mediateca, também é um factor negativo, qualquer um de nós pode adoecer ou faltar por motivos particulares, o que acaba por reflectir na qualidade proposta ao atendimento ao público. Pessoalmente não tenho grandes problemas com a nossa chefia, quando tenho de ausentar, claro que os tenho posteriormente com os serviços de assiduidades que nos exigem declarações de tudo e mais alguma coisa. Geralmente compenso as minhas faltas. A nível do meu serviço e como “mexo” em dinheiro, já tive muitas vezes de repor valores, ninguém aceita a contabilidade e sua responsabilidade acrescida, mas todos fazem vendas na minha ausência o que acaba por existir pequenos enganos na facturação. Aí sim, junto a responsabilidade pessoal (sou a única responsável) com a profissional (está na minha transferência de serviço a função a desempenhar).
Para o serviço da Mediateca, e até para poder marcar posição, faço 2 cursos de iniciação a Catalogação e Indexação de Monografias, curso que foi pago pela entidade e que me tem auxiliado na análise dos novos produtos do acervo documental.





Faço também o curso de Formação Inicial de Formadores, pago por mim, no qual foi muito comentado, que pela primeira vez na história do IEFP, uma auxiliar tinha o CAP de Formadora. Este veio no seguimento de ir assegurando o meu posto de trabalho, o que me leva a esta fase, com as novas reestruturações dentro do Estado, tenho de acelerar o processo de conclusão do 12º ano de escolaridade.





Sempre esteve na minha cabeça concluir os estudos, e talvez passar a nível superior, tirar uma licenciatura, mas neste momento necessito de facto assegurar o meu posto de trabalho e também a minha situação financeira.
Tive um Director que tentou a minha reconversão por necessidade de pessoal e através da minha avaliação de desempenho, não conseguiu, sendo a resposta a nível superior “não sendo a altura mais conveniente para a alteração do funcionário”.
Continuo a fazer o meu trabalho como técnica administrativa e tesoureira, faço atendimento ao público, mais concretamente a Formadores/Formandos indicando qual o produto mais aconselhável para utilizar numa acção de formação. Efectuo vendas directas e por envio à cobrança, atendimento de referência (telefone, mail, fax), tento transmitir uma imagem positiva do IEFP quando vou para seminários e eventos no exterior, sou uma das responsáveis pela preparação de eventos da Mediateca (divulgação de novos produtos e workshop).



Actualmente não faço Catalogação e Indexação, pois a base que neste momento temos era do ex-IQF e até agora a empresa Nova Base ainda não nos deu formação, e como acho que com tudo o que é novo devemos ter conhecimento para executar essa competência, acabo por não fazer, sou de me aventurar, mas com as novas directrizes de desempenho, não obrigada.
Base de Dados de introdução de produtos em acervo documental, sistema utilizado antes da integração do CRC-Virtual do ex-IQF (INOFOR).Ficha de Documento Monografia

Fenomenologia da combustão e extintores

Titulo
Fenomenologia da combustão e extintores
Tipo de Documento
Monografias
Edição

Lingua
Português
Data de Edição
2003
Cota
MO861.14
Local de Edição
Sintra
Número de Registo
22940
Exemplares
1
ISBN
972-8792-01-8
Editor

Colação
104p : fot cores ; 26 cm
Classificação
861.14,Protecção de pessoas e bens.Sistemas de protecção contra incêncios
Série
Manual de formação inicial do bombeiro ; VII
Classificação FP

Acesso
Livre
Forma de Aquisição

Ficheiros

A fenomelonologia da combustão e extintores aborda um tema de primordial importância para a formação de base do bombeiro. A correcta compreensão e aquisição de conhecimentos expostos neste volume, de uma forma simples, permitirá uma mais valia para qualquer bombeiro que posteriormente deverá desenvolver e aperfeiçoar.
Para se entender o fenómeno do fogo, como reacção química particular acompanhada pela libertação de colar, é necessário conhecer a natureza da matéria, assim como, a sua constituição de base.
A matéria e as suas formas de ligação encontram-se intimamente relacionadas com o seu estado físico e, consequentemente, às características do combustível e do comburente. A conjugação destes dois factores com a energia de activação e a reacção em cadeia, permitem desenvolver ema serie de considerações, normalizadas e definições, fundamentais para o entendimento deste fenomeno.
A classificação, características e funcionamento dos extintores é uma das contribuições importantes para este volume, que, de uma forma directa ou indirecta, se encontram relacionadas com o estado físico do agente extintores e aspectos fisico-quimicos dos mesmos.
Neste volume estes conceitos básicos são apresentados ao longo do texto, pretendo-se realçar aspectos mais importantes, assim como, a utilização das actuais normas europeias e portuguesas.

Referencial: Protecção e Prestação de Socorro
Area: 861 Protecção de Pessoas e Bens
Itinerario: 86102


Nome
GUERRA, António Matos
GUERRA, António Matos
COELHO, José Augusto
COELHO, José Augusto
LEITÃO, Ruben Elvas
LEITÃO, Ruben Elvas


Nome
Sem registos


Nome
Química
Química
Protecção contra incêndios
Protecção contra incêndios


Nome
Sem registos
ESTADO : Em edição ( 2 ) Criado por : LAURA CELINA MARQUES CASTANHEIRA SANTOS , Em 21/Mar/2005 16:24:26 [9927118]
Data de Impressão: Quarta-feira, 21 de Janeiro de 2009 13H56m WET por LAURA CELINA MARQUES CASTANHEIRA SANTOS
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Base de Dados actual para classificação dos documentos em acervo documental

0 01579nam 2200217 45 0
001 12977
010 $b(Brochado)
100 $a19970221d1989 y0pory0103 ba
101 0 $apor
102 $aPT$bLisboa
200 1 $aManual de busca e salvamento para navios mercantes$eMERSAR$fMinistério das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Secretaria de Estado dos Transportes Exteriores$gtrad. João César dos Reis Paes Mamede... [et al.]
210 $aLisboa$cDirecção-Geral da Navegação e dos Transportes Marítimos$dcop. 1989
215 $a95 p.$cil.$d21 cm
305 $aA presente edição contém as emendas adoptadas pela 54ª Sessão do Comité de Segurança Marítima em vigor a partir de 1 de Maio de 1988
330 $aEste manual contém instruções para todos aqueles que, no mar, tenham de recorrer a assistência de outros ou tenham, eles próprios, de prestar socorro. São abordados os seguintes aspectos: coordenação das operações de busca e salvamento; proced
606 $aMarinha mercante
606 $aMeios de socorro e salvamento
606 $aManuais$2LQS
702 1 $aMamede,$bJoão César dos Reis Paes$4730
710 0 1 $aPortugal.$bMinistério das Obras Públicas Transportes e Comunicações
711 0 1 $aPortugal.$bSecretaria de Estado dos Transportes Exteriores$4070
966 $lIDICT$s0208/M



No decorrer de 2008, e afim de poder “renovar” os meus conhecimentos foi nos propostos, pelo o serviço, a “reciclagem” de alguns cursos e aprendizagem de outros. Como tal acabei por tirar, novamente, o curso de Introdução à Catalogação, Horizon – Sistema de Busca, Pesquisa e Introdução de Dados, e ainda PowerPoint.
Continuo a ganhar experiência e vivência de vida todos os dias, neste serviço não somos só nos que damos a conhecer algo, também os utentes nos transmitem conhecimento de entidades ou produtos nas áreas da formação.

Do restante serviço faço o geral de administrativo: notas de serviço, fax, ofícios, arquivo, pedidos de aquisição, pedidos de requisição interna, envio/recepção e registo de correspondência.
Para podermos comunicar entre os nossos serviços internos (Direcções e Centros), utilizamos as Notas de Serviço ou Faxes.
Aos utentes externos ou Centros de Gestão Participada, como centros CRC / escolas do ensino público, são utilizados ofícios.
A utilização do sistema de e-mail no nosso serviço serve só para divulgação de serviços, ou para que o utente entre em contactos com os serviços o mais rapidamente possível, nesse caso cada direcção têm um endereço de electrónico de utilidade pública. No caso do meu serviço, sendo o endereço mediateca@iefp.pt.

Também temos o sistema de REDE, o qual serve para dar conhecimento às chefias, pois só eles têm acesso às nossas pastas de trabalho, de todos os documentos elaborados e produzidos pelos funcionários. A nível de directores de Departamento, é utilizado o e-mail para dúvidas sobre questões de resposta a cada serviço.