sexta-feira, 24 de abril de 2009

AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Resíduos e reciclagem


Com certas directrizes na CMLisboa, os caixotes do lixo foram retirados aos moradores, é-nos entregue de mês a mês sacos para o lixo (comum) e fitas (com as cores correspondentes à reciclagem do papel e plástico uma vez que os sacos são os mesmos para a recolha), o vidro é feita recolha todos os dias pelos funcionários camarários.
"Lisboa tira contentores do lixo do Bairro Alto
2003-10-27

Lisboa quer apostar na selecção diferenciada de resíduos recicláveis. Para isso entra, amanhã, em funcionamento, no Bairro Alto, um sistema de recolha de lixo que substitui os contentores, actualmente existentes, por sacos pretos. Este sistema já existe há muitos anos em freguesias como a do Castelo, mas até aqui os lixos não eram separados. A autarquia pretende acabar com os ecopontos que considera não cumprirem os seus objectivos. De acordo com o jornal «Público», que cita o vereador Pedro Feist, os ecopontos «são mal utilizados por muitas pessoas que não fazem a separação dos lixos ou que deixam os sacos à volta dos contentores». Para já, a informação sobre o novo sistema parece não estar a atingir os seus objectivos e muita gente julga-se obrigada a ter de manter o lixo em casa por vários dias. No Bairro Alto, a Câmara passará a entregar sacos pretos que deverão ser usados pelos moradores para depositar os seus lixos diariamente entre as 20 e as 22 horas. Papéis e embalagens poderão ser postos em sacos diferentes identificados com fitas de cores também distribuídas pelo município e, estes sim, terão dias certos para ser distribuídos. In “Ambiente Online” "


A nível profissional, o IEFP, pertence ao grupo VERDE, ou seja, temos o sistema da recolha selectiva de resíduos.
Existe no nosso espaço interior caixas correspondentes para a recolha de papel, toner, pilhas e plástico. No exterior (pátio e parques de estacionamento) existe caixotes para o papel e lixo comum (detritos). É-nos também pedido a reutilização de alguns materiais, a fim de haver uma "reciclagem local" e também evitar os gatos suplementares em alguns dos materiais de escritório.
A nós funcionários, só temos de separar, mas é uma situação que se torna difícil porque as caixas de reciclagem nem sempre estão disponíveis nos corredores. Deste modo a directriz existente dos pontos verdes, acaba por não ser devidamente respeitada. Sendo mais uma das C.N. que não segue a norma existente.
Com a aplicação da reciclagem, o IEFP adoptou ainda a aquisição de produtos reciclados, caso do papel e canetas. Que após algum tempo de utilização e aquisição dos mesmos, foi imposta nova directriz interna da não utilização dos mesmos. Este prendeu-se ao facto do papel não possuir a miligragem necessária para as nossas impressoras e fotocopiadoras, avariando estas e levando ao desperdício do papel encravado. Também outro factor foi que o papel era um pouco mais escuro, o que não era permitido em correspondência oficial. Juntando a estes, veio também o preço dos produtos reciclados, ao qual são substancialmente mais caros que os outros.
Os funcionários, por uma questão de consciência, acabamos por reutilizar o material já existente. As pastas são utilizadas durante vários anos, desde que as argolas estejam nas devidas condições, o papel depois de impresso e caso exista erros serve para rascunho, as nossas canetas reciclamo-nas enviado para o contentor do plástico, junto com garrafas de água e copos.
Na hipotética hipótese do papel (caso dos documentos de abate e produtos em suporte papel ao qual já expirou o tempo de "vida") ir para um posto de reciclagem, acho que após o tratamento deste poderá ser novamente para o fabrico de papel de impressão, papel de embrulho e alguns casos papel higiénico.
Falo a nível hipotético, pois para mim, acho que existe falhas neste ponto, note que não existe lei que obrigue a reciclagem ou tratamento de resíduos, existe sim uma norma.
Em Portugal, existe somente aterros sanitários, e mesmo assim maioria dos produtos são direccionados para outros países da Europa pra serem tratados, sendo este um dos pontos, nada me garantir que chegam ao local de reciclagem/tratamento, podendo ser largado em alguma SERRA ou VALE no seu percurso.
Acredito ou tento acreditar, que como o IEFP, maioria das entidades/unidades do estado estão associadas aos projectos Verdes, no qual permitem e aderem à contratação de empresas com a finalidade de um ambiente melhor e de sustentabilidade.
As empresas particulares, talvez sejam as que mais praticam a economia e fazem questão de reciclar materiais. A estes factores responsáveis pelas entidades patronais, devem também em parte à publicidade, embora que pouca, do beneficio da reciclagem e fiscais envolventes a quem as pratica.
Como é do conhecimento do público geral, e mais de quem nutre especial interesse por artesanato, o IEFP promove todos os anos em parceria com a FIL, a Feira Internacional do Artesanato. Exposição/venda de produtos alimentares, vestuário e de decoração. Um dos pontos ligados aos mais pequenos é a banca IMAGINA/INVENTA, atelier onde as crianças aprendem a utilizar materiais lá de casa que vão para o lixo, e a fazerem brinquedos ou objectos decorativos.
Também, já começamos a ver bancas de acessórios para senhora, com materiais reciclados. O caso dos anéis e colares, feitos com a utilização de tampas ou partes de roupa.
A nível de decoração de interiores temos um senhor que não só participa na Feira, como faz exposição durante quase todo o ano em várias entidades, que trabalha o vidro e que aproveita vidro partido e metais para a criação de vitrais, caixas de musica, candeeiros e outros objectos de decoração.
A nível de roupa é mais no estilo de sensibilizar ou promover novos criadores, começa a ser utilizado em desfiles a aplicação de plástico e outros na confecção dos vestidos.


No IEFP, onde trabalho, a CM Lisboa faz a recolha do material que separamos, mas desconhecemos o destino desses resíduos. No entanto, tenho presente que a deposição indevida dos resíduos ou simplesmente o "deitar para a rua", tem como agravamento a poluição de solos e rios, pois se um químico polui o solo, quando chove essas águas transportam para os rios os detritos infiltrados nos solos. A este podemos associar a má construção do aterro ou simplesmente a falta de meios de impermeabilidade dos solos por parte dos reguladores destas empresas. Os rios e oceanos são os que mais sofrem, com os esgotos, poluição a nível geral de todos os produtos utilizados nas nossas casas; detergentes, óleos e outros.
Ainda acrescentamos aquele gesto tão típico nas nossas praias, lixo deitado ou escondido na areia ou um simples saco ou tampa de plástico deitado ao mar.
Dizem os peritos que demora mais de 50 anos a decomposição de um saco de plástico dentro de água. Quem mais sofre é os animais marinhos que a sombra destes detritos podem os levar ao engano pensado se tratar de comida, e acabam por sofrer alterações genéticas ou ainda morrer derivado à poluição.
São todos estes e outros argumentos que nos levam a reflectir sobre a qualidade do ambiente e sua manutenção no futuro.

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